الاثنين، 6 يونيو 2011

Uma abelha rainha é naturalmente qualificada para exercer sua função dentro de uma colméia. Sua constituição a torna naturalmente capacitada para cumprir seu papel orgânico dentro de sua comunidade. Igualmente, uma autoridade natural já tem em si a capacitação psicológica para cumprir sua função dentro da estrutura comunitária.

Uma das características essenciais para o cumprimento desta função vem a ser a não subordinação subserviente à qualquer imposição imperativa. Uma autoridade natural não se subordina à lei, pois a vontade de uma autoridade natural é livre. O que ocorre é que há um pacto em que a autoridade natural aceita subordinar-se às leis e em troca aceita passivamente a sua suspensão da dinâmica da sociedade e passa a atuar de forma padronizada pela lei e em decorrencia disto, integrada com outras autoridades.

Todavia, diante de uma subversão da ordem natural das funções orgânicas, ou seja, quando abelhas rainhas passam a funcionarem como operárias e operárias passa a funcionarem como rainhas, então há a necessidade de se compensar a desqualificação natural para que a função seja exercida de forma minimamente eficaz.

Desta forma, a questão em que quero chegar é que um indivíduo naturalmente desqualificado para ter uma visão panorâmica da dinâmica da sociedade deverá ampliar o seu suporte ético e moral para tornar-se apto para cumprir esta função mais abrangente, para ter esta visão panorâmica e destacada da dinâmica normal em uma sociedade. Esta conclusão decorre de raciocínio empírico, trata-se de conclusão lógica.

Assim eu perguntaria o que seria necessário para tornar alguém capacitado para exercer uma função de autoridade, quando este não detém estas qualificações naturalmente? A que seria necessário submeter alguém naturalmente subordinado a imperativos menores para que este indivíduo viesse a se tornar minimamente apto a ter uma visão panorâmica da sociedade em que vive?

Em minha opinião, este indivíduo naturalmente desqualificado teria que infringir a lei, teria que se desprender dos imperativos menores ou de qualquer imperativo, para daí sim poder optar por efetuar o pacto com a sociedade ou não.

Em conclusão, a subversão da ordem natural das funções em uma comunidade, em que indivíduos naturalmente incapazes de visualizar panoramicamente a dinâmica da sociedade acaba exigindo práticas bizarras no processo de formação desta “autoridade” impondo-lhe que realize ou se submeta a rituais de iniciação altamente reprovável moralmente; De outro lado, cria um universo de indivíduos naturalmente qualificados para a função de autoridade a margem da sociedade pelas suas naturais predisposição a não se vincularem a qualquer comando imperativo ou leis, ou seja, esta anomalia comunitária acaba por impor o encarceramento e marginalização daqueles que seriam os naturalmente capacitados, acaso tivessem a oportunidade de estudarem, para resolver os problemas que surgem na dinâmica da sociedade.



Se meu raciocínio estiver correto, quais seriam as práticas realizadas para ampliar o suporte ético e moral das autoridades naturalmente desqualificadas, mas formalmente empossadas?

Se estas práticas seriam justificáveis?

E se o poder público consideraria isto factível  e se haveria uma ação que visasse supervisionar e coibir estas suposições graves mas necessárias na preservação de nossa frágil democracia?

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