O sistema romano-germânico que vem a ser o nosso sistema jurídico é um sistema em que a lei funciona como um anteolhos cuja função é a de fazer com que o cavalo só olhe para frente e assim torne-se mais facilmente controlável.
A subsunção dos fatos à hipótese normativa depende de comprovação destes fatos que nem sempre são passiveis de serem comprovados. Um exemplo vem a ser a agressão através de meio radiativo ou gás que só pode ser detectado objetivamente através de detectores de radiação ou de gases, cujo preço gira em torno de, mais ou menos 7.000 reais, devendo ser esta compra controlada por órgãos do Estado. É mole?
Assim este sistema jurídico genial cria uma avenida gigantesca para que o Estado ou qualquer um que tenha condições de adquirir estas fontes emissoras de radiação ou de gases possam livremente praticar assassinatos e todo o tipo de violência contra a população que terá que se submeter passivamente, pois a nossa lei impede as instituições de enxergarem a violência.
Um percentual enorme de mortes ocorrido em nosso Estado decorrem de verdadeiros assassinatos, execuções praticadas por motivos inúmeros, por pessoas que condenam à morte pessoas por motivos banais ou para garantirem a manutenção de seus poderes com a eliminação de potenciais ameaças. Meu irmão Geizon Lemos Vargas faleceu dormindo em meio a um tumultuado momento Kafka.
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