الخميس، 16 سبتمبر 2010

Inicialmente esclareço que desenvolvo o texto abaixo a partir de método empírico para apreender um mínimo de elementos passiveis de serem verificados e a partir daí, a partir do método indutivo criar hipóteses que possam explicar o funcionamento da estrutura de nossa sociedade e estruturas institucionais.

Numa população há um conjunto de indivíduos que coexistem num determinado espaço territorial. Ao longo das interações entre indivíduos e com o ambiente acabam por desenvolverem relações de interdependências entre si objetivando suas próprias sobrevivências. Num determinado estágio da evolução organização social, instituem-se métodos de resolução de problemas que acabam por sobreviverem aos indivíduos integrantes desta sociedade.

As novas gerações de integrantes desta sociedade ao serem concebidas num estágio de desenvolvimento além, deparar-se-á com estruturas erigidas e reguladas pelos seus antecessores, porém estabelecendo uma relação diversa com este meio. Esta variação na relação que cada indivíduo desenvolve com o seu meio e o natural distanciamento com os fundamentos e finalidades das estruturas e regulações anteriormente criadas gera uma redefinição na razão de ser destes mecanismos criados para viabilizar a existência harmônica do indivíduo com os demais e com as adversidades externas.

Uma população humana com a coexistência entre indivíduos passará a se articular para com mais facilidade conseguir suprir suas necessidades. Destas relações de cooperação surgem métodos e estruturas operacionais que tornam suas ações mais eficientes e eficazes na busca por um resultado. Estas instituições sobrevivem aos seus fundadores e passam a ser o palco do desenvolvimento evolutivo da sociedade e do próprio individuo, tanto no aspecto cultural quanto no biológico (físico e psíquico).

Estas estruturas permanentes passam a assumir importância e finalidade diversa quando visualizadas pelas novas gerações em virtude de suas diferentes relações estabelecidas a partir de suas características e momento histórico do meio em que foi concebido. Assim, na medida em que o tempo passa ao longo das gerações estas estruturas vão assumindo novas finalidades segundo estes novos olhares que se vão surgindo com a renovação do tecido social. Esta redefinição da finalidade das instituições será orientada pela natureza do interesse prevalente e orientador das medidas políticas desta sociedade.

Em se tratando de interesses minoritários em postura defensiva frente ao resto da população, aquelas posições institucionais que se configurem em fontes permanentes de privilégios aos seus ocupantes serão supervalorizados e almejados. Já aqueles que confiram privilégios temporários serão almejados num menor grau. Interesses elitistas caracterizam-se pelos seus esforços em preservar seus privilégios permanentemente. Aqueles cargos que refletem a manutenção permanente de privilégios serão alvos de disputas por indivíduos onde quem sairá vencedor será aquele que detiver certos requisitos.

Dentro de um cenário institucional deturpado onde cargos são vistos como uma blindagem contra dificuldades, os indivíduos que aqui vão sendo concebidos, antes mesmos de entenderem sua própria condição humana vêem-se em uma disputa cujo inicio deu-se muito antes mesmo de ter nascido. Trata-se de uma luta pela sobrevivência em que a terá em seu grau máximo aquele que conquistar o seu espaço naqueles cargos, fontes permanentes de privilégios. Já aqueles indivíduos descomprometidos com interesses coletivos que não obtiverem total êxito nesta disputa pelo privilégio permanente poderá ainda conquistar o privilégio temporário dentro da estrutura governamental.

Nesta disputa pelos privilégios permanentes, os respectivos cargos já são dominados e garantidos a integrantes das elites lá na formação das famílias. Estas, sendo desintegradas, criarão ambiente impróprio para um desenvolvimento adequado de uma criança. Assim este terá menor probabilidade de conquistar estes espaços. Assim aqueles que julgam importante para o seu status ideal vir a conquistar um espaço que lhe propicie privilégios semelhantes, terá que contentar-se com privilégios temporários.

Esta hipotética descrição de nossa realidade pareceria absurda àqueles cuja ideologia não tivesse como essência de suas felicidades quaisquer privilégios diferenciados ou status de poder. No entanto, absurdo poderá ser uma face da realidade que a grande maioria das pessoas seria incapaz, pela sua natureza, de entender e perceber. Acreditem ou não, todos nós poderíamos ser um concorrente em potencial no preenchimento de cargos não submetidos a eleições e vistos como uma condição para uma sobrevivência em máximo nível de privilégios e poder a serem garantidos custe o que custar.

Uma deformação ideológica da política de um povo poderá criar este cenário de arena mortal em que aqueles que já estão no poder tenderão a manipular as instituições e sabotar a natural interação dos demais indivíduos com o seu meio só para que sua casta mantenha-se no domínio do poder.

Para que isto não ocorra a finalidade primordial e racional da estruturas institucionais sempre deverão estar presentes na cultura das novas gerações que deverão sempre por o interesse coletivo acima dos demais. Concluindo, os cargos vitalícios em estruturas institucionais são vistos por ideologias individualistas como máxima fonte de privilégios. Como tal estes espaços são disputados mortalmente com intervenção e sabotagem de toda a constituição da população que é vista como concorrentes potenciais. Esta deformação ideológica interrompe o processo evolutivo de nossa sociedade.

Dentro da estrutura do Estado há um conjunto de recantos estratificados segundo o seu grau de proteção contra adversidades a que um ser humano poderia ser submetido. Em decorrência disto dentre a população que preenche e orbita estas instituições há indivíduos cuja pretensão os faz almejar a máxima blindagem contra estas adversidades. Em decorrência disto criam estratégias finalizando conquistar efetivamente este status.

Os indivíduos de uma população são concebidos em seu espaço físico geográfico e deparam-se com tudo aquilo que está por ser erigido e o que já está de pé e em pleno funcionamento. Assim as posições funcionais para construir prédios, estradas, para exercer funções dentro destas estruturas vão sendo preenchidas segundo as necessidades de alocação e requisitos de especialização para tal.

A compreensão global do funcionamento desta estrutura e as características individuais de cada um influenciará na formação das expectativas e na natureza das pretensões de cada um. Cada integrante desta sociedade terá a capacidade de entender o todo com maior ou menor conhecimento ou condição de compreender o sistema em que está inserido, bem como, cada um terá a necessidade de um maior nível de previsibilidade para afastar-se das incertezas e dificuldades inerentes à vida. Assim aqueles que tiverem condições de já no início de sua formação entender que determinadas posições lhe conferirá uma melhor blindagem contra adversidades terá condições de empreender esforços e atingir o seu objetivo com maior eficácia de se proteger contra toda a sorte de dificuldades a que possa estar exposto no meio em que viva.
Dentro desta natural disputa pelo preenchimento daqueles espaços que se encontram em nível de excelência, haverá uma metodização e definição de um itinerário que conduzirá até a posição pretendida. Na dinâmica de interação da população e da natureza destes recantos de blindagem contra as dificuldades inerentes aos integrantes desta população, para se atingir a este status de máxima blindagem contra as adversidades, dever-se-á atingir certo nível de organização e desenvolvimentos físico, psicológico e cultural.


Um indivíduo só atingirá este nível de desenvolvimento quando revestido de uma série de pré-condições: 1ª formação de núcleo familiar; 2ª desenvolvimento físico e psicológico; 3ª desenvolvimento cultural e de especialização. Este seria um itinerário puro, primordial, em que inexistiria qualquer interação competitiva desestruturante, que viria a ser aquela em que se esforçaria para evitar a constituição destas precondições. Neste itinerário o individuo surgiria da população e seguiria o rumo para conquistar o seu espaço sem qualquer conhecimento sobre o funcionamento do sistema e da dinâmica da disputa pelo poder.


Todavia, poderá haver indivíduos que compreendendo o funcionamento desta disputa por posições na estrutura institucional e ainda detentor de certo poder, poderá intervir na dinâmica desta corrida pela conquista das posições blindadas cujo itinerário poderia ser basicamente disposto da seguinte forma:


Visualizando-se o quadro acima, depreende-se uma estrutura formada por etapas numa seqüência ascendente evolutiva. Estas etapas possibilitam o desenvolvimento de estratégias, aonde a anterior vem a ser uma condição natural para a posterior, para que o número de cidadãos plenamente desenvolvidos (em vermelho) se proliferem na sociedade e assim evite-se concorrências que poderiam deixar integrantes da elite de fora da esfera de máxima blindagem contra adversidades.

Observa-se que na fileira 1, embora de improvável possibilidade de conquista àquela blindagem, este indivíduo que não conheceu um terreno propício ao seu desenvolvimento poderia apresentar, no entanto, uma condição que contrariasse todas as expectativas contrarias ao seu sucesso nesta trajetória ascendente. Todavia, esta improvável condição poderia ser desconsiderada e o histórico precedente de sua constituição familiar vir a ser um tipo de requisito não declarado e fator de impedimento para conquistar uma posição em nível de excelência.

Quando o indivíduo que está dando seus primeiros passos neste itinerário já advém de núcleo familiar cujos integrantes já detêm estas qualificações (de cidadãos plenamente desenvolvidos), então este indivíduo estará em vantagem e terá melhores condições pelo seu melhor preparo para sair-se vitorioso nesta disputa.

A condição de seu núcleo familiar lhe confere consequentemente posições de poder nas instituições, assim, articuladamente tendem a desenvolver mecanismos para que inexista uma efetiva concorrência à pretensão dos integrantes de seus núcleos familiares. As ações políticas assim poderão girar em torno da intenção desarticulante e desestruturante de núcleos familiares e que visariam sabotar o pleno desenvolvimento dos indivíduos integrantes da população, mas à margem da elite vigente, e assim impedi-los de deterem as condições não declaradas para serem julgados aptos ao preenchimento de certas posições institucionais.
Assim o bloqueio aos recantos de máxima proteção contra adversidades poderia ser empreendido das seguintes formas:

1. Desintegração dos núcleos familiares: assim diminuir-se-ia a probabilidade da prole desenvolver-se plenamente de modo a adquirirem os requisitos e condições necessárias para conquistarem posições dentro da estrutura institucional.

2. Interferência no desenvolvimento físico e psicológico do individuo: pois assim como acima se explicou, haverá uma diminuição em sua capacidade de conquistar o espaço pretendido;

3. Interferência na assimilação de conhecimento pelo indivíduo: aqui se teria todas as técnicas e métodos passiveis de serem comprados ou desenvolvidos através dos recursos disponíveis. Assim inúmeras técnicas de sabotagem ao desenvolvimento do conhecimento poderiam ser utilizadas, ex. interferência cognitiva através de radiação, gás, substâncias amnésicas utilizadas imediatamente após o conhecimento adquirido. Assim muitas destas formas de sabotagem cognitivas e do conhecimento seriam tão extraordinárias e estranhas ao senso comum que jamais seriam cogitadas pelas vítimas;

4. Desmoralização ou inviabilização do livre exercício dos direitos civis: aqui se sabotaria a moral da vítima induzindo-a a figurar em grupos marginalizados da sociedade através de calúnias, armações, interferências no seu desenvolvimento psicológico;

5. Agressões e extermínios.

Outra forma seria maximizar o desempenho dos integrantes das elites:

1. Com utilização das ciências para melhorar a capacidade cognitiva do individuo;

2. Manipulando a estrutura com a finalidade de ampliar os cargos pretendidos;

3. Criando-se requisitos ou condições que só poderiam ser atendidos pelos integrantes da elite. Um exemplo seria aquele já referido quanto ao do comprometimento social de integrantes do núcleo familiar à margem. Nesta situação desfavorável indivíduos à margem não preencheriam pré-requisitos não declarados, mas, todavia impeditivos do preenchimento de certas funções;

Reforço a suposição de haver critérios que não são declarados, mas que efetivamente irão impedir determinados indivíduos de preencher determinadas funções mesmo que a lei vigente torne ilegítima tais critérios. Ex: anterior exercício de profissão subalterna, condição social dos pais, local onde more, etc.
Concluindo, a luta pela sobrevivência vê na formação de núcleos familiares, por um número da população, dos quais resultará na formação física, psicológica e cultural adequados de seus integrantes, de forma a preservar seus privilégios. Assim, seus integrantes preparam-se para concorrer por posições nos recantos de máxima proteção contra as adversidades existentes no meio em que vivem.

A formação de núcleos familiares, cujos integrantes já venham a possuir, cada um, uma formação plenamente adequada, em decorrência de sua condição favorável, integrarão altas posições na estrutura político institucional e assim toda a dinâmica da sociedade será administrada tendendo a criar melhores condições para que os integrantes desta elite venham a conquistar os espaços almejados com um mínimo de obstáculos possível, causando-se assim enorme prejuízo ao racional desenvolvimento da sociedade e de suas estruturas institucionais. Bem como ao desenvolvimento humano, na medida em que são desviados de seus objetivos e vocações ou sabotados em sua existência, saúde e demais direitos quando os seus desenvolvimentos acabam por serem vistos como elementos formadores de obstáculos às pretensões dos integrantes das elites políticas e econômicas.




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