Na dinâmica social, além daquelas formações por adesão, há também a formação de núcleos familiares. Métodos indutivos e seletivos de formação deste tipo de núcleos integrados de indivíduos poderá ser fator desintegrativo da unidade orgânica da coletividade. Assim o processo seletivo e indutivo de formação ou indução de núcleos familiares não deverá conhecer interferências intencionais e tendenciosas na dinâmica dos núcleos familiares.
A formação dos núcleos familiares orienta-se por fatores subjetivos em confronto com fatores externos. Necessidades emotivas e materiais são aqueles fatores mais perceptíveis na orientação da formação destes núcleos familiares. Porém não são bem conhecidos os demais fatores que orientam aos indivíduos unirem-se a outros. Dentro deste terreno desconhecido poderiam estar necessidades e critérios cunhados pelo desenvolvimento do ser humano ao longo de toda a sua trajetória evolutiva. Ignorarem-se estes elementos que compõem a natureza humana poderia a longo prazo sabotar a sua própria existência.
O universo em que estamos inseridos influencia em tudo aquilo que possamos imaginar como também o que não conseguimos. Intervenções cujos efeitos desconhecemos completamente poderiam colocar-nos numa condição de descompasso com o nosso meio externo de modo a inviabilizar nossa capacidade de superar adversidades que nossa natureza agora, por nos mesmos cunhada, nos tornaria incapazes de identificar ou controlar.
Desta forma, seria de máxima irresponsabilidade e desaconselhável intervenções que pretenda orientar o rumo evolutivo do homem. Dizer isto não significa, no entanto que o homem deva render-se por completo aos desígnios naturais e aleatórios. O que se tenta evidenciar é que toda e qualquer intervenção em algo tão essencial, a existência e conservação da raça humana, deveria ser feita com um certo nível de domínio e conhecimento das possíveis conseqüências.
O meio em que estamos inseridos interfere em nossa constituição nos seus mais profundos níveis. Este universo segue princípios básicos dentre os quais alguns já são do conhecimento do ser humano possibilitando inclusive efetuar previsões que o auxiliam a facilitar a existência humana. Desviar nossa evolução através de técnicas totalmente alheias a definições conceituais ou sem qualquer relação com as leis que regem o mundo poderá resultar num elevado nível de incompatibilização entre homem e seu meio.
Um determinado núcleo familiar poderia ser submetida a uma dinâmica artificial com o objetivo de operar desintegrações daqueles núcleos considerados de menor eficiência. Disto resultaria em desarticulação dos integrantes deste núcleo. A sua prole assim ficaria a mercê desta dinâmica ofensiva que inviabilizaria sua existência ou uma formação adequada para impor-se e perpetuar-se.
Isto poderia ser operacionalizado através de articuladas e sistemáticas investidas contra este núcleo familiar, de uma forma muito agressiva e até fatal. Assim, poder-se-ia crer em estar-se intervindo muito positivamente na organização da população, todavia estar-se-ia resumindo os critérios na evolução das relações e também do próprio individuo que vem a ser um conjunto de características genéticas que são privilegiados pelo meio em que vivem e que o transforma muito profundamente. A intervenção do homem neste processo serviria para bloquear os misteriosos fatores a que somos submetidos e a percepção humana, longe ainda de ter sido decifrada.
A técnica institucional de desintegração dos núcleos familiares poderiam ser vistos como muito positivos por terem sido desenvolvidos por povos em alto nível organizacional, todavia mesmo sendo aplicados por estas culturas milenares não temos ainda condições de entender os seus efeitos ao longo das gerações. De outro lado adotar este modelo em paises carecedores de base cultural seria um enorme equivoco cujas conseqüências negativas em culturas ocidentais seriam imediatos.
Analisando-se os reflexos desta opção política em sociedades onde inexiste predisposição cultural ou uma organicidade a ser preservada, pois ainda insipiente correria o risco de ver, esta sociedade, conhecer um nível de opressão comparável ao holocausto. As estruturas institucionais ao serem dominadas por elites que se apropriariam destes métodos e técnicas as utilizariam para privilegiar suas castas e para atingir seus interesse e necessidades ocidentais aonde predomina o capitalismo.
Deduz-se que acaso uma sociedade capitalista e ocidental mesmo ciente de todos os riscos em intervir tão agressivamente na formação dos núcleos familiares optasse por este tipo de política, deparar-se-ia com enormes obstáculos para racionalmente pô-lo em pratica em beneficio coletivo. O primeiro seria as tentativas de desvio destes métodos para concretizar interesses particulares por aqueles que eventualmente dominassem as estruturas institucionais; o segundo seria a divergência ideológica com sociedades que se veria detentores de justificativas morais suficientes para intervir na soberania desta sociedade carecedora de força política internacional para fazer frente a investidas externas.
Atenhamos-nos a essa situação hipotética: Imaginemos métodos de intervenção seletivas artificiais na formação dos núcleos familiares nestes povos ocidentais capitalistas e de soberania material frágil. As estruturas institucionais provavelmente estariam em poder de elites que as utilizariam para privilegiar suas castas, assim efetuariam pactos com outros grupos igualmente sólidos e desta forma passariam a utilizarem-se destes métodos através das estruturas institucionais para desintegrar núcleos familiares. Todavia, provavelmente não haveria aqui qualquer interesse publico neste processo consistente em privilegiar núcleos familiares bem estruturados e eliminar as constituições frágeis e diminuir a probabilidade do ressurgimento deste padrão aparentemente ineficaz através da preservação genética dos seus integrantes.
Ao contrário, o único objetivo dedutível de uma intenção elitista seria o de inviabilizar uma formação adequada de integrantes destes núcleos para que não almejassem ao poder. De outro lado, este processo ofensivo possivelmente induziria adoecimentos que movimentaria um mercado farmacológico para gerar recurso; adicionalmente poder-se-ia utilizar de desvalores culturais para desfavorecer certas etnias ou criar critérios falsos para decidir aqueles que seriam dispensáveis embora etnicamente tolerados. Assim utilizar-se-iam técnicas cientificas, por exemplo, para fazer com que crianças de núcleos a serem desintegrados tivessem uma produção anormal de pigmentação em sua pele, acaso a população predominante e privilegiada e protegida da desintegração familiar cultuassem sentimentos racistas estes indivíduos de coloração epidérmica induzida poderiam ser fácil e ignoradamente agredidos e terem suas vidas ceifadas em nome de uma ação política interventiva de interesse contrário a qualquer interesse coletivo.
Esta bizarra possibilidade a partir de uma visão lúcida de nossa realidade, possivelmente faria deduzir como sendo o nosso rumo esta efetiva configuração. Adotar este tipo de intervenção nos núcleos familiares de nosso povo instrumentalizaria e justificaria ações em prol de interesses de elites em longo prazo justificaria e legitimaria ingerências externas frente a esta enorme violência contra valores humanos universais.
Abstraindo-se destas possibilidades tendenciosas e analisando os pontos negativos desta opção política - através de uma metodologia cientifica e colimando por uma ação estruturante em prol da sociedade, sem beneficiar-se a um ou a outro interesse elitista - mesmo assim, não se deveria caracterizá-lo como um modelo perfeito a ser preservado indefinidamente, pois a multiplicidade de núcleos familiares em pé de igualdade tornaria sua dinâmica de transformação muito rígida, e assim poderia acabar por bloquear a sensibilidade desta sociedade e sua capacidade de transformação frente às modificações de suas adversidades. Além do soçobramento de indivíduos que se mostraram ineficientes a integrar um núcleo que lhe possibilite sobreviver as agressões estruturantes.
Ocorre que uma inadaptação de um determinado indivíduo poderá corresponder a uma inaptidão para adaptar-se a um determinado conjunto de circunstâncias inerentes a uma determinada região ou momento histórico. Assim, um individuo que em certas circunstâncias apresentasse-se inapto a manter coesa a sua família ou a sobreviver as agressões metódicas, suas características genéticas, noutro momento histórico e submetido a circunstâncias outras poderia apresentar características singulares beneficiadas agora por uma maior aptidão em proteger-se e dar continuidade a sua herança genética. Desta forma estes métodos deteriorante de núcleos familiares poderá fazer desaparecer características essenciais para a preservação da raça humana ou de sua harmônica dinâmica com o seu meio.
Visualizo também, aspectos negativos nesta estratégia de estruturação social quando do predomínio de determinados interesses elitistas. Ações agressivas sobre a totalidade da população de fato induziria múltiplos agrupamentos provavelmente girando cada um em torno de seu próprio núcleo familiar. Todavia, num cenário em que já exista grupos instrumentalizados e beneficiados por relações institucionais fisiológicas acabaria por haver esforços qualificados por utilização de estruturas institucionais para preservar e inflar ideologias tendenciosas e minoritárias. A adesão ao núcleo elitista ou aos que lhe dão sustentação assim não seria espontânea e sim induzida.
Assim, concluo que interferências metódicas na dinâmica do desenvolvimento da sociedade devem observar microscopicamente os valores e a dignidade dos seres humanos. Qualquer política que implique em intervenções que reflita na constituição individual do homem ou em sua evolução biológica deverá observar métodos científicos abstraindo-se qualquer preconceito ou imposição de interesses elitistas, bem como a conveniência e consentimento pela totalidade dos povos de nosso planeta.



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