VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL CONTRA PESSOAS DIFERENTES
Vivemos num Estado autoritário em que um pequeno grupo tenta desesperadamente preservar o poder que garante seus privilégios. Sua única preocupação consiste em preservar o seu status quo, custe o que custar. O nosso, tão custosamente conquistado, estágio de organização, o futuro de nosso povo, a felicidade dos nossos filhos...
A preservação e manutenção do poder operam-se: externamente, através da ocultação da natureza antidemocrática e totalitária de nosso governo dos demais países, tentando convencê-los de que vivemos numa autêntica democracia, através de um discurso demagógico, politicamente correto e de uma legislação que, embora avançada e sustentada na dignidade do ser humano, internamente não é cumprida.
Protelam-se, assim, as investidas dos países politicamente mais agressivos, sedentos por recursos naturais e que vêem nos países antidemocráticos uma verdadeira autorização à invasão, assim como ocorre em inúmeros países, dentre os quais, mais recentemente, o Iraque pelos EUA, para suprir suas necessidades e garantir o estilo de vida de seu povo;
Ou, internamente, através de uma postura autoritária, reprimindo aqueles que, pela sua natureza, exigem uma real liberdade e que não conseguem ou não querem decorar a listinha incoerente e fechada de ‘Direitos’ preestabelecidos, para além dos quais, os indivíduos, não poderão ultrapassar. Sob pena, em caso contrário, de serem marginalizados e assombrados pelo fantasma do desemprego que se orienta pela instabilidade do setor privado, outra vítima deste empenho na manutenção e concentração do poder;
Ou, ainda, considerando-os subversivos, inconvenientes, e, em virtude disto, acabando por colocá-los no programinha ‘orangotango’ de intimidação, coisa de elite, ‘top-secret’, ultra-avançada. E assim vindo a descobrir na prática que a tal liberdade vem a ser uma falácia. Ou seja, não se pode afirmar ser livre alguém por poder escolher em qual canto da cela ficar. Tal como, também não seria livre aquele a quem é conferido o poder de escolher, dentro de uma lista, quais direitos exercer.
Esta verdadeira quadrilha de mentalidade pouco evoluída, incapaz de inventar qualquer coisa, parece ter-se instrumentalizado para exercer o seu autoritarismo camufladamente. Acharam, por acaso, ‘um espelho no meio do mato’ com o qual perceberam poder divertirem-se ‘ofuscando os olhos’ dos demais. Não perceberam e nunca irão entender que as ciências têm a finalidade de nos ajudar a desenvolver e conhecer nossa própria natureza, de nos ajudar a enxergar a nós mesmos. Não finalizam causar prejuízo aos demais, muito menos por preconceito, fator incompatível com o método e a finalidade científicos.
Estou a me referir das técnicas psicológicas que estão sendo utilizadas, conforme irei aqui denunciar, para reprimir os indivíduos que, por verem o mundo e a vida de uma maneira diferente, não aceitam e não se conformam com esta estrutura sem futuro que está a comprometer a existência de nossa soberania e do nosso povo. E sobre o qual pretendo discorrer explicando o funcionamento deste mecanismo criminoso, no presente texto.
Para tal abordarei a questão criando uma relação a partir de dois contextos. No âmbito escolar, onde as crianças, desde já, são vitimadas por uma modelação de sua essência ou, nesta impossibilidade, acabam por serem marginalizadas, através de um processo preconceituoso, desumano e excludente que melhor explicarei mais adiante;
E, num segundo plano, de forma mais detalhada no contexto político e profissional, no âmbito do estado em relação aos seus nacionais e servidores, através de técnicas monstruosas e inacreditáveis, quebfinalizam subjugar e intimidar a qualquer um que venha a efetivamente questionar a desordem vigente.
Escolas em relação às crianças.
O mecanismo de exclusão, como denominarei o conjunto de técnicas supostamente utilizadas para ofender a integridade psíquica e moral de determinadas pessoas, seria um método institucional que determinadas organizações - não aceitando sua transformação pelo comportamento ou ideais dos indivíduos – aplicam para induzir as pessoas divergentes ou a mudar para se adequar; ou a se retirar, para manter a ordem institucional. E tudo isto sem deixar vestígios, e assim não comprometendo a ‘mascara’ democrática que ostenta perante o mundo.
Verifica-se que, no âmbito escolar, o método de avaliação dos alunos que ignora o resultado objetivo da prova avaliativa é uma forma de evitar a contradição entre as notas, objetivamente satisfatórias, e o conceito do aluno como problemático, segundo o professor que, muitas vezes, confunde características próprias de um neurotipo diferente (ex. autismo, superdotação, etc...). Assim, aquele método de avaliação, acaba servindo para neutralizar a contra-argumentação do pai que não aceita como verdadeira a crítica do professor que não aceita o temperamento exótico da criança, embora o excelente desempenho cognitivo.
Ocorre que determinado jeito de algumas crianças constitui sua própria essência, e sua transformação depende de um dificílimo e demorado processo de auto-conhecimento e conseqüente amadurecimento, que poderá vir a durar por toda uma vida. Então a única alternativa, que resta aos pais destas crianças, nestas condições, é sair da escola, caso contrário, as avaliações negativas reiterarão, gerando angustia na família, e podendo vir a resultar em reprovação ao final.
Este é um método decorrente de uma opção político-institucional que objetiva estabelecer uma ordem através de um processo excludente e marginalizante. Não há o interesse em uma harmonização pela interação e transformação bilateral entre alunos e estas instituições, e sim uma postura inflexível, intolerante e altamente danosa para a criança que é tida como problemática e inadequada e muito conveniente para a escola que não precisara incrementar o seu método de ensino de modo a atender as peculiaridades do aluno diferente.
O discurso a cerca dos supostos benefícios do conceito avaliativo, onde a nota é um elemento menor na sua definição, vem a ser apenas um subterfúgio. O verdadeiro escopo deste método é a doutrinação daquele que não se enquadra na moldura idealizada pela instituição, e que por isto, passa a avaliar este aluno negativamente, não pelo baixo desempenho, mas pelo seu jeito considerado inconveniente, já que não o podem simplesmente expulsar.
A mudança de escola acaba sendo a única alternativa para afastar o prejuízo à criança que por suas características e idiossincrasias, personalidade forte, rígida, e desafiadora acaba por despertar a insatisfação e a visão pessimista e negativa dos professores de temperamento mais autoritário e que vêem ameaçada a sua autoridade.
Isto, ainda, acaba por despertar neste peculiar aluno um comportamento crescentemente rebelde e resistente ao que o professor tenta transmitir e a incompatibilidade entre aluno e o professor acaba sendo classificada como um não atendimento às exigências da escola.
Esta política institucional e métodos de avaliação, desapegados de critérios objetivos, e classificando o desempenho do aluno como insatisfatório, acabam configurando-se como verdadeiro convite a se retirar, de forma não declarada. Uma autêntica burla aos direitos e garantias constitucionais que garantem e estimulam o livre desenvolvimento das pessoas.
Vivemos num país ineficiente, atrasado, com enormes desigualdades e que precisa mudar e isto só será possível com a transformação de nossa sociedade, da mentalidade e atitude das pessoas. Favorecer novas posturas e tipos comportamentais, provavelmente, seja a única chance de resolvermos os graves problemas político-sociais internos e de nos adequar ao mundo globalizado, já, todo organizado em blocos econômicos.
Mesmo países considerados como muito instáveis, em virtude de constantes guerras civis, apresentam, muitas vezes, um índice de desenvolvimento maior do que o nosso. A adesão a mecanismos que venham a preservar aquela condição acaba, assim, tornando-se verdadeiro atentado contra o desenvolvimento de nosso país e, consequentemente, contra a existência harmônica de nosso povo. Além da enorme violência àquela criança e à harmonia de sua família.
Estado em relação aos servidores públicos
Situação semelhante ocorre em ambiente profissional. Com a apropriação e aplicação de técnicas da psicologia há muito custo descobertas e desenvolvidas pelos pensadores que hoje devem estar se revirando no túmulo ou, se ainda vivos, onde quer que estejam, pela utilização inadequada, para finalidade tão obtusa e tão pouco pretensiosa do produto de suas pesquisas e trabalhos.
Técnicas científicas que deveriam ser utilizadas para diagnóstico de doenças mentais, para conhecer melhor a natureza do ser humano e até mesmo estimular e melhorar o desempenho no meio profissional, como seria possível com a operacionalização de técnicas da psicologia.
Todavia, através de pequenos e sutis ajustes, como a operacionalização da teoria do duplo vínculo, técnicas psicológicas estão sendo utilizadas com o único intuito de humilhar, subjugar, dominar e desmoralizar a qualquer um que venha a representar uma ameaça à ordem e a integralidade do poder e dos privilégios daqueles que os detêm. E isto tudo, através da intimidação, manipulação de pessoas e situações e, efetivando o seu objetivo, expulsando, aqueles que não conseguem entrar no embalo desta ‘melodia tribal e desafinada’.
Naqueles casos em que seria impossível o afastamento do indivíduo - pela natureza normativa nos proporcionar garantias que impossibilitam o cerceamento da defesa - a técnica de exclusão do indivíduo exótico, adulto e ou servidor público, acaba por tomar uma forma diversa daquela utilizada nas escolas, onde neutraliza-se o argumento do pai, transformando a nota aritmética e objetiva da prova num detalhe que irá compor o denominado conceito final.
A impossibilidade de calar e expulsar injustificadamente aquele que questiona não conforma os detentores do poder que vêem, na exclusão do fator que ameaça a "ordem" (desordem) vigente, a preservação de seus privilégios. A quebra da harmonia institucional somada à imposição normativa de dar espaço à ampla defesa, conseqüentemente induz à utilização de método adaptado aos limites normativos estabelecidos.
O método constituiria em conciliar o objetivo de preservar a ordem vigente com as limitações impostas pelos direitos da ampla defesa e do contraditório, conferidos pela Constituição Federal. E esta conciliação só seria possível burlando-se os mecanismos de proteção dos direitos fundamentais e individuais, uma vez querer-se preservar tudo aquilo que sempre foi o maior motivo das desigualdades, estagnação e degradação do nosso povo, instituições e do Estado como um todo. Tenta-se, assim, preservar uma estruturação político-social organizada para servir de base para os privilégios de uma minoria preocupada com suas necessidades imediatas e supérfluas.
Nossa ingênua população trabalha incessantemente para incrementar a esfera individual de uma minoria que parece saber muito bem qual vem a ser o mínimo necessário a ser concedido a grande massa para que a base dos seus privilégios continue bem sólida. Bem como também parece estar devidamente instrumentalizada para coibir a qualquer um que venha a se opor a esta política que beneficia alguns em detrimento da maioria.
OPERACIONALIZAÇÃO DA TÉCNICA DE EXCLUSÃO
A forma de superação daquela contradição parece consistir em burlar as garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório induzindo o indivíduo inconveniente, à ordem vigente, a construir uma determinada linha de argumentação, de modo a atender aquele desiderato perseguido pelos detentores do poder.
Esta argumentação defensiva, que é um direito garantido pela lei maior do nosso Estado, por não poder ser suprimida, acaba tendo sua construção intencionalmente influenciada, em verdadeira burla às normas vigentes, através de métodos engenhosos, muito bem elaborados. Desenvolvidos numa amplitude assustadora, pois há a manipulação de um perímetro que abrange o ambiente profissional, residencial do indivíduo e de seus familiares.
A estratégia e esforços da quadrilha consistem em despertar, na vítima, uma reação contra uma situação ofensiva a que estaria sendo submetida. A ofensa decorreria da percepção pela vítima de relação entre circunstâncias ocorridas no perímetro que abrange os locais por onde o indivíduo exercita seu cotidiano regularmente.
Estas situações isoladamente não evidenciariam qualquer motivo de uma maior atenção, todavia, levando-se em consideração sua regularidade, o contexto dos acontecimentos, dentro de um período de tempo e de diversos locais de sua vivência, acabará por perceber uma relação entre eles.
Exemplificando, ao sair de casa, o porteiro cumprimenta com a seguinte frase: "E aí doutor! Será que irá chover hoje?"; Ao pegar o ônibus, o indigente, próximo à parada, olha para ti e diz: "E aí doutor! Será que irá chover hoje?"; Ao fazer as compras no supermercado, a balconista faz a seguinte pergunta: "E aí doutor! Será que irá chover hoje?"; num outro dia ao falar com aquela que será professora de seu filho no novo colégio, ela pronuncia a seguinte frase: "E aí doutor! Será que irá chover hoje?";Passados alguns dias, ao visitar algum familiar, a faxineira diarista da residência cumprimenta com a mesma frase, literalmente.
Coincidência é algo que incide mais de uma vez e será casual quando não definida por qualquer intenção volitiva. A incidência recorrente de determinadas circunstâncias causa estranheza e são tidas como improváveis segundo a ciência da probabilidade.
Embora aquela frase não venha a significar literalmente qualquer forma de ofensa, acaba por despertar a indignação no indivíduo por ver sua intimidade invadida e manipulada de modo a impedi-lo de qualquer reação. Reagir contra qualquer uma destas pessoas seria, aos olhos de terceiros, uma agressão bizarra e injustificada, uma vez aquela frase, literalmente, tratar-se de um cumprimento.
Descrever esta situação seria igualmente inócuo e configurar-se-ia em motivo de desmoralização da vítima, pois tratar-se-ia de relato improvável e que causaria enorme estranheza àqueles de quem se espera apoio moral ou a efetiva resolução e coibição das ofensas, uma vez adquirir aquela forma tencionada de modo a concretizar o objetivo idealizado pelos detentores do poder que se quer preservar.
O ouvinte diante de extraordinário relato, consequentemente, acaba por concluir pela total incoerência do expositor, já desacreditado pela sua própria base, amigos e familiares, pessoas, na maioria das vezes, sem o conhecimento e consciência política necessários, pois vivem num universo particular muito restrito. Seriam incapazes de compreender que estas circunstâncias representariam enorme violência impelida à vítima, que, a longa data, vem tentando, inutilmente, convencê-los de estar ocorrendo, aumentando assim sua angustia e frustração. Ao final, aqueles que deveriam apoiá-lo acabam aderindo à tese de que a vítima estaria sendo acometida de algum transtorno psíquico ajudando indiretamente na consecução do objetivo dos articuladores.
A operacionalização da técnica de exclusão consiste na manipulação de pessoas, fatos e circunstâncias do ambiente, no qual estaria inserido, o indivíduo inconveniente. Esta intervenção e manipulação têm o objetivo de desmoralizar e desacreditar a vítima, alterando seu estado psíquico-emocional e provocando reações contra a situação - a que estaria sendo submetido, ao se sentir incomodada ou ofendida pela percepção de fatos elaborados, intencionalmente, no cenário em que vive – que acabariam, pelas circunstâncias, sendo consideradas (as reações da vítima) estranhas, perturbadas e bizarras.
Ao reagir, descrevendo as absurdas circunstâncias, vivenciadas pela vítima, acaba por construir uma argumentação igualmente incrível e paradoxal, de modo a enquadrar-se naquilo em que o senso comum classificaria como absurda e a medicina classificaria como sintomas de demência.
Aquela manipulação do ambiente, em que residiria a vítima, submeter-lhe-ia a uma situação, no seu cotidiano, no âmbito profissional ou residencial, incomum, classificada como pouco provável. A vítima sentir-se-ia ofendida, de forma diferente, uma vez às suas idiossincrasias. Assim sendo os fatores que a fariam sentir-se agredida distinguir-se-ia daqueles que deixariam as demais pessoas ofendidas.
A maneira diferente de ver as coisas em relação aos demais acabaria por interferir e fragilizar o seu poder de persuasão. Penso que, normalmente, quem está sendo persuadido a convencer-se de uma alegação acaba por colocar-se na posição daquele que relata o fato. A diferença entre ambos fragilizará o poder de persuasão do interlocutor. Somado a isto, a situação extraordinária que permeia o relato acabará por torná-lo totalmente inverossímil.
Exemplificando:
Pedro ouve atento a João que afirma indignado que lhe jogaram arroz azul nos pés. Pedro coloca-se no lugar de João mentalmente. Primeiramente, considerará que não haveria motivos para ofender-se por arremessarem arroz nos seus pés. Subseqüentemente, que isto não faria deduzir uma motivação razoável e crível, e por final, concluiria que não existe arroz azul e por via de conseqüência consideraria totalmente inverossímil este relato, vindo pois, após a reiteração deste relato, a duvidar da sanidade mental do interlocutor. Ocorre que aquela motivação vista como irrazoável pelo ouvinte da vítima, configurar-se-ia em justamente despertar incredulidade e estranheza no ouvinte do relato destas reclamações contra as circunstâncias ofensivas e incomuns a que o indivíduo estaria sendo submetido.
Ocorre que, embora estranha e aparentemente inverossímil esta alegação, configura-se em situação perfeitamente possível de ocorrer. Assim sendo, alguém poderia sentir-se profundamente irritado por llhe terem arremessado arroz nos pés, poderá ter alguma finalidade nisto e também seria possível obter arroz na cor azul embora artificialmente.
Concluindo-se, é perfeitamente possível induzir a alguém a construir uma linha argumentativa que será considerada totalmente inverossímil embora seja perfeitamente factível.
Estas circunstâncias estranhas, a que estaria sendo submetido o indivíduo, dia a dia, em sua residência e ambiente profissional, para potencializar o efeito desejado pelo articulador, são dispostas de modo a operacionalizar a teoria do duplo vínculo.
Esta técnica é um meio de esquizofrenização muito eficaz. Consiste em submeter alguém a comandos ou conceitos paradoxais através do mesmo canal. Segundo literatura especializada, o vinculo afetivo e o temor de ser submetido a conseqüências são fatores essenciais para alguém ser duplo-vinculado.
Quando, nas relações familiares, onde a criança é submetida a regulares comandos paradoxais e, sob a ameaça de que, se não observados, poderão acarretar em conseqüências temidas por ela, consequentemente, acarretará na sua vinculação a dois comandos paradoxais, estaria aí a suposta causa de alguns casos de esquizofrenia.
Assim sendo, dentro do serviço público, haveria ambiente altamente propício para a operacionalização, de forma eficaz, da teoria do duplo-vínculo, uma vez estarem presentes todos os elementos essenciais. O chefe, naturalmente corporificaria a imagem paterna ou materna, as atribuições funcionais - normalmente especificadas pela chefia o quando e onde seriam realizadas, podendo ser intencionalmente paradoxais - quando não executadas poderão ser enquadrado como falta funcional passível de punição cuja reiteração poderá ter como conseqüência a exoneração do servidor.
Exemplificando, imaginem um escritório com umas dez pessoas criteriosamente selecionadas, algumas com distúrbio de personalidade, com mutismo seletivo, ou travestis ou transexuais, Poder-se-ia selecionar algumas com alguma semelhança com seus familiares a fim de potencializar a duplo-vinculação, e isto não seria nada difícil, uma vez, a escola em que seu filho estuda, possuir um sistema integrado de câmeras acessível pela internet, como ocorrera em meu caso quando meus filhos estudaram na escola Saint Exupéry. Adicionalmente, haveria outras pessoas, no meio profissional, com irmãos gêmeos idênticos alternando-se de forma dissimulada. E, uma ou duas, intencionalmente, dissimulando jeito diverso de outrora, modificando penteado utilizando técnicas teatrais utilizando maquiagem, cicatrizes falsas, etc.
Objetivamente, quando diante de uma determinada personalidade, há a definição de que ela é uma determinada pessoa, tem-se uma identidade; ao apresentar tipo diverso, através do mesmo canal, estar-se-á a dizer que este alguém não é aquela da identidade outrora estabelecida. Está-se assim diante de uma situação paradoxal e que confundira a vítima podendo a duplo-vincular. Além de tratar-se de circunstância extraordinária, incrível, e que, acaso o indivíduo venha a entender a situação a que esta sendo submetido, a descrição destas circunstâncias, quando inseridas em seu argumento, acabará por fragilizá-lo fulminando seu poder de persuasão.
Naquela circunstância, quanto aquele grupo de pessoas, não haveria a necessidade de saberem sobre a finalidade que estariam cumprindo, bastaria um ou dois para auxiliar na manipulação dos fatos e potencializar os efeitos desta situação sobre aquele que se quer expulsar.
Eventualmente durante este cenário são pronunciadas frases ou palavras reproduzindo diálogos realizados na intimidade da vítima, obtidas através de invasão de privacidade ou através de escuta clandestina ou de investigação da vida passada do indivíduo. A vítima aos poucos começa a identificar aquelas frases, deixando-a confusa, pois pareceria uma coincidência por serem dispostas de modo a se enquadrarem num outro contexto da vivência dos interlocutores. Todavia, a freqüência destas coincidências e a semelhança com aquelas frases, pronunciadas na esfera privada da vítima, acabam por despertar-lhe grande desconfiança.
Adicionalmente, em plano de fundo, há a articulação destas circunstâncias manipulando o ambiente em que a vítima é inserida e submetendo-a a um ciclo recorrente de situações, durante anos. A conseqüência disto é o desencadeamento constante e regular de sensações de déjà vu, ou seja, de já se ter visto ou vivido uma cena ou circunstância, em virtude deste processo.
A conseqüência disto opera-se, supostamente, num nível neuropsíquico. Na vítima, em virtude deste processo articulado, são desencadeadas atividades elétricas anormais envolvendo regiões próximas ao seu sistema límbico, e com isto, alterando seu estado psíquico, com prejuízos cognitivos relevantes, impor-lhe um intenso estado de estrés que lhe poderá resultar em enfermidades neuropsíquicas como depressão, isquemias, desencadear estados epiléticos, etc.
Além destas conseqüências neuropsíquicas, hipotéticas, uma vez ter-me subsidiado de literatura médica estranha a minha especialidade, o resultado disto será, efetivamente, a indução a um legítimo estado paranóico em dimensões muito maiores à esfera de ação da quadrilha, segundo experiência própria, por mim vivenciada.
A vítima passa a sentir-se constantemente vigiada e a desconfiar até mesmo daquelas situações coincidentes que não raras vezes ocorrem no cotidiano das pessoas. Somado a isto é regularmente submetida a comandos na determinação de tarefa de forma paradoxal, de modo a induzir-lhe em erro, o que virá a impor um estado de preocupação em virtude daquelas conseqüências pela não satisfação de suas atribuições.
Inserida neste contexto, passados algum tempo, começa a sentir-se confusa, passando a acreditar em que estaria enlouquecendo, pois a situação toda é extremamente paradoxal e de difícil apreensão e racionalização. E assim sendo exsurgem duas alternativas por parte do indivíduo: 1) não defender-se, pois ou não consegue compreender o que esta ocorrendo; ou, capaz de entender, perceberá que descrever a situação a que esta sendo submetido seria apresentar um argumento que o levará ao total descrédito; ou 2) defender-se e fornecer os elementos necessários para um diagnóstico psiquiátrico incapacitante e excludente.
Adicionalmente, algumas pessoas que compõem este grupo sugerem subentendidamente a possibilidade de tudo tratar-se de um jogo. Tudo poderia ser um teste para avaliar a vítima despertando-lhe a idéia de que disto decorreria algum benefício e assim a induzindo a submeter-se passivamente a toda a esta situação. E que a ela seria possibilitado optar por ficar ou a sair, da seguinte forma: uma terceira pessoa seria inserida no local da mesma forma que a vítima, seria colocada no mesmo lugar em que ela fora colocada, quando lotada neste setor, contudo, passados algum tempo, ela (a terceira pessoa) dirigir-se-ia ao chefe do setor e pediria para sair.
Este procedimento pareceria ser uma alternativa para sair deste ambiente denso angustiante e paradoxal, pela variação do ambiente (pela alternância dos gêmeos, mutismo seletivo e comportamentos teatrais) onde circunstancias constrangedoras de sua intimidade estariam sendo expostas em regulares conversas paralelas, por meses.
Após algum tempo, aquela que pediu para sair retornaria evidenciando muita satisfação com o novo local de trabalho, sugerindo ser esta possibilidade de fugir da violência. Todavia, paradoxalmente, no dia seguinte, ela retornaria com uma fisionomia evidenciando descontentamento e abatimento emocional.
Na elaboração de um ambiente em operacionalização do duplo-vínculo para avaliar psicologicamente alguém, faz-se necessária uma "porta" de saída, caso contrário o avaliando acabará por ser esquizofrenizado. Todavia, havendo um paradoxo na própria porta de saída, isto equivalerá a uma não saída, uma porta fechada.
A reação da pessoa neste ambiente possibilitará determinar ou diagnosticar psicoses, distúrbios de personalidade, doenças orgânicas, etc. Segundo literatura médica, o indivíduo classificado como normal tende a retirar-se deste meio paradoxal, mas se impossibilitado de fuga, inicialmente, para evitar o ambiente paradoxal, tentará fugir daquela situação, podendo mudar seu jeito de ser, a maneira de vestir ou de pentear-se. Este comportamento reforçará, a idéia de estar sendo acometido de algum problema por aqueles com quem convive, leigos no assunto. E por um período relativamente grande acabará por realmente enlouquecer. No caso em questão, pela amplitude da manipulação, e pelo alto nível da elaboração deste cenário, impossível será dele fugir. A esquizofrenização, assim, acabara sendo inevitável.
Esta possibilidade relatada torna necessário desconfiar-se de qualquer intenção na utilização de métodos de tratamento psiquiátrico constituídos em cerceamento de liberdade ou que venha a atingir a integridade física ou mental do individuo ou restabelecer a utilização de técnicas já condenadas, como o tratamento de choque, por exemplo. Este mega-mecanismo que descrevi e denuncio poderá dissimular e legitimar perseguições e torturas sob o argumento de se estar tratando de uma doença, quando na verdade haveria um diagnóstico induzido.
Saliento que, após longo período submetido a estas circunstâncias, o indivíduo, em teste psicológico, apresentará os sintomas da esquizofrenia. Dentre as possibilidades que cercam todo esta situação, poderia haver, além de uma mera agressão, também, o objetivo de fraudar a previdência, uma vez o diagnostico de enfermidade psíquica poder dar passagem para uma possível aposentadoria do indivíduo com percepção integral dos vencimentos, em seu benefício ou, malefício, calando aqueles que criticam e insurgem-se contra aquilo que está errado.
Alguém submetido a todo este processo monstruoso acabará por ser totalmente desacreditado, desmoralizado e efetivamente enlouquecido. Qualquer incidente atentatório a sua integridade física seria facilmente atribuível à sua condição de desequilibrado mental. Se eliminar o inconveniente era o objetivo, agora - desacreditado, desmoralizado e confuso mentalmente - seria o momento perfeito para pessoas inescrupulosas agirem sem levantarem suspeitas.



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