A tristeza é uma ladeira
Em que me empurro
Ao perceber nada se alterar
Ou acontecer em minha volta
E em que sou empurrado
Ao sentir-me solitário, e inerte
Sob um clima de total indiferença
É perceber subitamente
Que quase toda a minha vida
Simplesmente passou
E continua a passar
Por entre os dedos
E que não há como se apossar de nada
É experimentar de um absoluto vazio
Quando não me reconheço no espelho
Quando percebo que não era eu quem passava
E sim o mundo que me deixava para trás
É tentar agarrar-me em algo
E não conseguir alcançar
E, num acelerar progressivo,
Continuar a cair
Num grito sem eco
A tristeza é um despencar
Dos sonhos e das pretensões
Um acordar para a absoluta ausência de si mesmo
Vivendo a vida de um estranho
Sem atrativos, objetivos ou perspectivas
Esperando por um trágico impacto
Viver triste é não enxergar os detalhes,
Totalmente desconexo com o mundo,
Afundando, dia após dia,
Para um universo
Em que a palavra futuro
Não possui qualquer significado
É um viver com frio
Sob o céu cinzento
Chuvoso, sem luz e nada mais
Enxergando no fim
Uma porta para tudo que já passou
Sabendo intimamente
Que isto é uma tolice.
E sob o sentimento
De um impreciso prenúncio da morte.
Em que me empurro
Ao perceber nada se alterar
Ou acontecer em minha volta
E em que sou empurrado
Ao sentir-me solitário, e inerte
Sob um clima de total indiferença
É perceber subitamente
Que quase toda a minha vida
Simplesmente passou
E continua a passar
Por entre os dedos
E que não há como se apossar de nada
É experimentar de um absoluto vazio
Quando não me reconheço no espelho
Quando percebo que não era eu quem passava
E sim o mundo que me deixava para trás
É tentar agarrar-me em algo
E não conseguir alcançar
E, num acelerar progressivo,
Continuar a cair
Num grito sem eco
A tristeza é um despencar
Dos sonhos e das pretensões
Um acordar para a absoluta ausência de si mesmo
Vivendo a vida de um estranho
Sem atrativos, objetivos ou perspectivas
Esperando por um trágico impacto
Viver triste é não enxergar os detalhes,
Totalmente desconexo com o mundo,
Afundando, dia após dia,
Para um universo
Em que a palavra futuro
Não possui qualquer significado
É um viver com frio
Sob o céu cinzento
Chuvoso, sem luz e nada mais
Enxergando no fim
Uma porta para tudo que já passou
Sabendo intimamente
Que isto é uma tolice.
E sob o sentimento
De um impreciso prenúncio da morte.



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