الخميس، 14 يوليو 2011


A linha cronológica é uma estratégia de nosso cérebro construída a partir de nossa percepção tanto de nossa própria condição quanto do meio em que vivemos e que serve de referência para que possamos nos situar no tempo e assim sermos mais eficazes em nosso esforço de nos auto-preservarmos. Esta linha cronológica poderá seguir um critério científico, empírico ou formal cada um repercutindo de forma diferente em nossas vidas. Esta organização da memória do transcurso de nossas vidas de forma linear define e repercute em nosso processo de envelhecimento bem como em nossa compreensão e poder de transformação do mundo em que vivemos.

A linha do tempo possibilita-nos a criação de estratégias de curto e de longo prazo para podermos atingir objetivos. A inexistência de uma idéia de cronologia far-nos-ia viver a esmo sem objetivos de longo alcance, limitaríamos a empreender esforços para atingir objetivos imediatos, uma vez tornar-se, sob esta circunstância, muito difícil voltar ou situarmo-nos numa memória desordenada, sem uma referência cronológica.

Esta assertiva faz concluir que uma ação desarticulante veria na quebra da referência cronológica um meio de fulminar potenciais estratégias. Este potencial formulador estratégico poderia ser fulminado prejudicando-se a memória individual dos indivíduos ou as memórias culturais de um povo.

A linha cronológica seguiria critérios vários como o científico que se utilizaria de conceitos da física, astronomia e de outros ramos. Haveria o critério formal onde seriamos orientados pelas publicações periódicas como os calendários, jornais, programações televisivas, a internet, etc. A população em geral é desqualificada para orientar-se pelos critérios científicos, motivo pelo qual segue suas tradições e culturas. Há também o critério empírico, segundo o qual nossa orientação acerca do tempo dá-se pela nossa percepção da transformação do mundo e de nosso próprio corpo no processo de envelhecimento.

Predominantemente, nossa orientação cronológica, nos dias de hoje, segue o critério formal, através dos periódicos como os jornais e programações da televisão. Assim, nossa orientação cronológica não tendo um critério absoluto, mas orientando-se por meios que podem ser relativizados, então se conclui que nossa referência cronológica poderia ser manipulada para inúmeras finalidades, tanto benéficas quanto para prejudicar alguém.

A linha cronológica impõe o nosso processo de envelhecimento, uma vez nossas células possuírem o seu ciclo de vida. Temos uma data de validade real, que seria aquela em que nossa expectativa de vida seria uma decorrência de condições ideais com uma alimentação saudável e condições ambientais normais; A expectativa de vida circunstancial seria aquela em que haveria fatores que interfeririam negativamente no tempo de vida de um indivíduo; E a expectativa de vida potencial estaria relacionada com a capacidade de se prolongar a vida de alguém até o limite máximo possível.

A relativização dos critérios formais seria capaz de interferir positiva ou negativamente na expectativa de vida de alguém quando criasse uma distorção da realidade, dando uma impressão de que o tempo teria passado mais devagar ou mais rápido. Tendo-se a idéia de que o tempo passou mais devagar, induzir-se-ia alguém acreditar em que tivesse menos idade do que realmente teria, segundo um critério rigorosamente científico; De outro lado, com a idéia de que o tempo passou mais rápido, fá-lo-ia pensar que sua idade seria muito maior do que realmente fosse.

Este fenômeno aplicar-se-ia igualmente ao empírico, quando a percepção induzisse uma distorção da realidade fazendo-se crer que muito tempo ter-se-ia passado ou pouco tempo. Um exemplo concreto de que esta conclusão seria verdadeira poderia ser constatado no caso dos autistas. Pessoas autistas caracterizam-se por serem indiferentes ao meio em que vivam. Autistas em idade avançada normalmente apresentam aparência muito mais jovial do que seria de se esperar para alguém em sua idade. Isto decorreria hipoteticamente do fato de seu afastamento da realidade. O que faz deduzir que perceber o meio em que vivemos teria o poder de acelerar o nosso envelhecimento. Ou seja, seguir critérios cronológicos empíricos e ou formais acabariam por repercutirem em nossa expectativa de vida.

Nossa compreensão do mundo é influenciada pelo critério cronológico através da linearilidade da memória dos fatos, embora nos proporcione uma maior organização e poder estratégico, poderá, também, estabelecer verdadeira limitação ao nosso poder de disposição destes fatos. Ocorre que a disposição de uma organização cronológica acaba por dar a impressão de que os fatos distanciar-se-iam, dia a dia, ficando cada vez mais difícil a recordação dos fatos iniciais. Uma análise livre de uma estrutura organizacional linear das memórias possibilita criar relações entre fatos com muito mais eficiência e assim extrair conclusões impossíveis através de uma estrutura organizacional de nossas memórias disposta de forma linear.  O critério aleatório assim abrandaria o sentimento de distanciamento dos fatos, uma vez este distancia surgir numa ordenação cronológica aonde os primeiros fatos vão se distanciando, pouco a pouco, o que não ocorreria no critério não linear.


Poderia exemplificar da seguinte forma, imaginemos um conjunto de cartas com rostos em que devêssemos identificar níveis de parentesco. Se tivéssemos que olhar uma a uma sem podermos tirar as cartas de sua ordem seríamos muito menos eficientes neste objetivo do que se pudéssemos espalhar todas as cartas em cima de uma mesa e analisá-las de forma aleatória e simultaneamente. Nossa memória funciona de forma semelhante. Um critério linear impõe-nos esta limitação idêntica à primeira opção neste exemplo das cartas.

Em conclusão, a linha do tempo possibilita-nos a criação de estratégias de curto e de longo prazo para podermos atingir objetivos. Uma ação desarticulante veria na quebra da referência cronológica um meio de fulminar potenciais estratégias numa disputa de poder. Concluo que nossa referência cronológica poderia ser manipulada para inúmeras finalidades, tanto benéficas com visando prejudicar alguém como seria a indução a um processo de envelhecimento acelerado ou retardado, interferindo positiva ou negativamente na expectativa de vida de alguém quando criasse uma distorção da realidade. Um exemplo concreto seria a da aparência jovial de autistas em idade mais avançada fazendo concluir que critérios cronológicos empíricos e ou formais acabariam por repercutirem em nossa expectativa de vida. Concluo ainda que uma análise livre de uma estrutura organizacional linear, embora o prejuízo na capacidade de criar estratégias em virtude da desorganização das memórias possibilitaria criar relações entre fatos com muito mais eficiência. E por final, concluo que a adoção de um critério aleatório abrandaria o sentimento de distanciamento dos fatos.

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