Coisas muito simples e de fácil compreensão ou serão rotuladas e descritas de forma direta para não prejudicar-se a comunicação. Ou, de outro lado, aquelas coisas que são muito difíceis de serem entendidas ou percebidas serão descritas com a utilização de todos os meios lingüísticos disponíveis nesta comunicação como a utilização da metáfora e que poderá prejudicar e distorcer a comunicação quando utilizada inadequadamente.
Nossos sentidos captam coisas que conceituaremos e rotularemos. O rótulo terá o formato delineado pela natureza do sentido predominante neste processo de percepção. Assim a coisa conceituada de bola para alguém que a visualiza terá um rótulo visual, que vem a ser a sua própria imagem. Para um cego, este rótulo será diferente, pois seu sentido predominante será diferente da visão.
Esta possibilidade de se perceber um objeto sob inúmeras perspectivas possibilita-nos, numa comparação entre coisas diferentes, estabelecermos relações de igualdade entre uma e outra. Este tipo de comparação caracteriza também a figura de linguagem que denominamos de metáfora.
Assim, diante de algo, e num processo eminentemente de conhecimento, ou poderemos simplesmente descrevê-lo ou buscar um sentido que não se evidencia numa simples descrição. Todavia, a busca de um conceito muitas vezes é distorcida por déficit de entendimento ou de percepção. Ou ainda, muitas vezes, por uma motivação tendenciosa como afetação elitista, intenção depreciativa, repressiva, etc.
Figuras de linguagem como a metáfora têm o objetivo de facilitar a comunicação, porém, muitas vezes, por motivos diversos, abdica-se da forma direta e objetiva para utilizar-se outra que prejudicará ou deformará as características reais ou o sentido de algo.
Concluindo, coisas muito simples e de fácil compreensão devem ser rotuladas e descritas de forma direta para que a comunicação não saia prejudicada. De outro lado, aquelas coisas que são muito difíceis de serem entendidas ou percebidas devem ter, no seu processo de descrição, todos os meios lingüísticos disponíveis nesta comunicação. Concluo, adicionalmente, que a utilização de figuras de linguagem como a metáfora para transmitir informação muito simples irá prejudicar e distorcer a comunicação, bem como, poder-se-á ter um resultado igualmente negativo, ao utilizar-se de uma linguagem direta e meramente descritiva na comunicação de algo muito complexo.
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Convido a todos a analisarem este filme, “Quero Ser John Malkovich”, todavia, sem buscar um sentido metafórico, apesar da natureza da estória. Tente analisá-lo sob uma perspectiva real. http://www.terra.com.br/cinema/comedia/malkovich.htm



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