Olhem-se bem no espelho, para a face!
Somos um produto fabricado
Para cumprir uma função
Para cumprir uma função
Artista, professor, juiz, promotor.
Mendigo, fodido ou desgraçado
Nosso cérebro é montado
Desde muito cedo
Desde muito cedo
Estimulado ou idiotizado
Segundo a melhor conveniência
De quem não nos conhece
Que vivem como reis
Que nunca vimos
Mas nos observam, intimamente,
Desde que nascemos.
Desde que nascemos.
Olhe para as mulheres do mundo
Tem algo de errado com as nossas
Nos seus olhos rasos
No sorriso infantilizado
Estéril e padronizado
No chão em que você nasceu
Mas, o que teria ocorrido?
Acabamos não tão belos
Superficiais, fora do esquadro
Macacos treinados
Macacos treinados
Menos do que a bela rosa
Que seus traços evidenciam
Pois adquiriram artificialmente
Uma outra coloração
Não precisamos ser tratados
Como um rato de laboratório
Só para girar esta esteira
Que nos faz ficar eternamente parados
Enquanto outros poucos
Vêem as coisas acontecerem
Vêem as coisas acontecerem
Nossa memória não precisa ser apagada
O fígado danificado
O pâncreas dilapidado
O cérebro retardado
O cérebro retardado
Ou o filho assassinado
Para ser fiel a uma cartilha de um “rei”
Não precisamos ser agregados
Mas se tivermos...
Que seja de um rei de verdade
Que sejamos americanizados
Argentinalizados ou uruguanalizados
Mas jamais subservientes
Aos idiotas incompetentes
Que se divertem e se beneficiam
Ao nos verem adoecer
Quando vamos acordar?
O nosso relógio foi alterado
Para que permaneçamos adormecidos
Até o além do amanhecer
A solução é simples
É a mesma que todos
Os animais sabem
Só precisamos dos dentes
E que eles estejam muito afiados
O coração pode ficar de lado
Sejamos o demônio
Foi nisto que nos transformaram
Ele está dentro de todos nós
Não para estar aflorado
Mas a situação é esta
O que fazer?
Façamos um tipo de redenção
A dor é um fenômeno da natureza
Sem dor não há vida
É o prenúncio de renovação
Então mate, mate...o homem civilizado
Que está detro de você
Que está detro de você
Que não nos deixa seguir ou crescer
A covardia que nos vê como
Meros agregados
E que não admite,
Faz de tudo para que isto aconteça
Embora não nos poça perder.
A vida renova-se
A destruição anuncia o renascimento
Não tenha medo de explosões
Das ruínas, dos corpos caídos.
Do cheiro do sangue
Pois isto é o prenuncio da renovação
É a vida fruindo
O adubo jogado no chão



0 التعليقات:
إرسال تعليق