Quando se tem umavida em cada mão e a melhor técnica te impõe que escolhas aquele cujas condiçõese circunstâncias apontam como mais apto a sobreviver, então a vida que é um valorsubjetivo e imensurável é analisada como um objeto, violando assim valores éticose morais. O paradoxo se impõe obrigatoriamente quando um valor imaterial éanalisado sob uma ótica técnico cientifica.
Há dois aspectos deste problema de diferentes naturezas, a natureza técnicae a moral. Seria impossível não simplificar esta questão na realização de umaestratégia técnica para resolver este problema que se apresenta no artigo “Controversies in Medicine: Who Shall Liveand Who Shall Die?”, embora a questão requeira o predomínio de valoresmorais, neste caso, por tratar-se do valor humano maior.
Analisando a questãosob a ótica técnica, pura e simplesmente - a partir do conjunto de critériosque visam a fazer escolhas que permitiriam, em um tempo menor, alcançar umresultado eficaz e com menos recursos, neste caso, o objetivo seria preservar omáximo de vidas possível. A melhor estratégia e de melhor inteligência,correspondente a esse objetivo, seria aquele em que, diante de dois indivíduos(A e B), que dependeriam da diligência de um esforço apenas para sobreviverem, viesse-sea optar por assistir aquele cuja vida teria maior viabilidade em face dascircunstâncias, Ou seja, que tivesse melhores condições de sobreviver,
Assim, deparar-se-iacom a terrível situação de se priorizar aquele com menos lesões, pois commaiores chances de sobrevivência. O paradoxo é inevitável, pois combina atécnica com um valore ético-moral. Como considerar a vida como valor máximo quandose dependendo de um critério-técnico? Há aqui um problema aparentementeinsolúvel. Em nome da vida abandonar-se-ia a vida.
Vejo uma aparente solução,em tese, para resolver este problema. No entanto, a eficácia poderia sairprejudicada. Colocar-se-ia em primeiro plano o critério ético-moral paradecidir qual dos dois indivíduos teria prioridade quanto à assistência. Assim,o processo de escolha percorreria o seguinte raciocínio: qual dos dois teriamaior viabilidade de vida, o indivíduo (A) ou (B)? Se a viabilidade fosse maiorpara o indivíduo (A), então prestar-se-ia assistência ao indivíduo (B).
Qual seria a razãopara esta escolha? O critério seria o seguinte: Como indivíduo (A) teriamaiores chances de sobreviver, em virtude de suas condições de saúde ou dascircunstâncias, então seria de supor que, em se priorizando o indivíduo (B), aprobabilidade da sobrevivência do indivíduo (A), com uma assistência ausente ouatrasada, seria maior em relação a probabilidade de sobrevivência do indivíduo(B), acaso priorizasse o indivíduo (A), como seria de se esperar acasoadotasse-se um critério puramente técnico-cientifico. Assim, adotando-se umcritério moralmente racional, priorizando aquele que sem ajuda não terianenhuma chance, ninguém, a rigor, seria abandonado. Valores morais e éticos aquiteriam um prejuízo menor ou nenhum.
Em conclusão, aprioridade seria dada ao indivíduo com menores chances de sobreviver, porque seconclui que o indivíduo com melhores chances de sobreviver poderiam sobreviver coma assistência protelada ou sem ela. Assim as chances de sobrevivência dos indivíduossem assistência ou com ela atrasada somadas as chances de sobrevivência dosmais debilitados ao serem priorizados aumentaria a probabilidade de um maior númerode indivíduos sobreviver.



0 التعليقات:
إرسال تعليق